Idade e sexo dos esqueletos
- AnatoHelp
- 26 de ago. de 2019
- 2 min de leitura
Digamos que você é um perito criminal e encontra um cadáver em um local de crime. Entretanto tal cadáver se encontra em um avançado estado de decomposição. Seu dever é descobrir o sexo e a idade daquele corpo. Como? Antropologia forense.
Com a antropologia forense conseguimos aplicar conhecimento teóricos e práticos para responder questões relacionadas com a identidade do indivíduo, assim como as circunstâncias de sua morte através da análise e estudo detalhado dos restos ósseos e dentários do individuo e do contexto físico em que ele foi encontrado.
Seguido pelo ramo da anatomia, temos diferentes características presentes no esqueleto de um indivíduo que nos permite identificar o seu sexo observando apenas os ossos.
Alguns exemplos são observados no crânio. O crânio feminino possui uma órbita ocular mais arredondada enquanto o masculino possui a mesma mais quadrangular. Além disso podemos observar maior saliência da protuberância occipital externa e dos processos mastoide e estiloide no crânio masculino do que no feminino.
Na mandíbula podemos observar um formato mais robusto e angular nos homens e mais ovoide nas mulheres.
A pelve permanece como a maior região de segurança para a determinação do sexo do esqueleto, mesmo antes da puberdade. Na mulher a pelve tem a sua região interna de maior diâmetro e volume, enquanto a do homem possui um formato não tão circular e de menor volume. Além disso também podemos observar que a angulação na sínfise púbica é bem maior na mulher do que no homem.

Tudo bem, já sabemos o sexo do nosso cadáver, mas e a idade?
A idade de um esqueleto nós podemos estimar principalmente pelo crânio e suas suturas. Quanto mais jovem a pessoa é, mais aparentes são as suas suturas cranianas. Com o passar dos anos ocorre a formação das sinostoses, fazendo com que as suturas tenham suas superfícies ósseas fundidas, tornando-as menos aparentes.
Outra forma é observação da mandíbula que tende a ficar desdentada e mais fina, projetada para a frente.

Fontes: Livro Gray Anatomia - Volume 1 - 37ª edição
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